Enquanto corria para chegar a tempo para a aula de fisioalucinologia, Alice sentiu seu estômago roncar. Lembrou-se que outra dia ela estava morrendo de fome e seu amigo Bory Ling a levara até a cozinha da escola.
Alice sempre pensara que a cozinha era um território secreto e que estava fora dos limites. Nunca imaginara como as comidas apareciam tão de repente nas grandes mesas das casas e ainda mais, será que ela descobriria a fonte do suco de verde, de amarelo, de vermelho????
Para entrar lá, Bory, irmão asiático de Bony, ajudou-a a roubar uma capa branca descartável que vinha com um bela touquinha transparente. Disfarçados, os dois entraram.
As portas eram aquelas vai-e-vem.De repente a visão deles ficou branca e brilhante! Será que seriam transportados para outra dimensão? Impossível! Não! O fato era que a cozinha era muito branca e continha muito, mas muitos instrumentos prateados! Ela era feita de prata! Imagine o preço! Alice se conteve para não levar algumas das peças para casa. Olharam em volta, queriam achar alguma prova de que a cozinha era porca ou suja, mas era muito difícil! Os talheres, pratos e bandejas estavam sendo lavados com vapores de agua muito muito quente, o que significava que nada sobreviveria àquelas temperaturas.
Viram também uma única coisa que não se encaixava, mas como não faziam ideia do que era, ignoraram.. era uma espécie de alavanca engordurada.
Quiseram fazer contato com os elfos domésticos que trabalhavam limpando e cozinhando, mas eles os ignoraram…. bom, desde que façam direitinho a comida e nos deixem pegar um pouco, não me importo, pensou Alice.
Repararam que as tinas de comida, sim , pois eram panelões imensos de arroz, feijão e coisas parecidas, lembravam caldeirões ferventes. Alice até chegou a ter dó dos elfos, por terem que cozinhar tanto, mas não o suficiente para montar uma ONG para ajudá-los.
Perceberam que a disposição dos panelões ficava posicinada da mesma forma que no lado de fora, onde as pessoas pegavam a comida! Elas eram magicamente respostas! E além disso percebeu uma tina escrita: “comida reserva: peixe duro”. Sabia que eles usavam esta técnica para se vingar de quem vinha comer nos últimos minutos.
Seguiram pelos corredores brancos, e viram o açougue, urgh, tinha um pouco de sangue demais, e Alice teve uma pontada no coração, coitadinhos dos unicórnios que seriam sacrificados,… mas carne de unicórnio era o prato mais esperado das refeições.
Chegaram em uma sala que era cercada por portas de alumínio semelhantes a cofres!
Onde estamos, perguntou Bory. E nisso ele deu um passo para tras e encostou em um dos botões, abrindo uma das portas gigantes. Curiosos eles entraram na sala e perceberam que era um freezer de hortaliças, como se fosse um pomar congelado!
Porém em frações de segundo a porta se fechou atrás deles e ficaram trancados.
Passaram-se minuots e horas, estavam quase atacando as hortaliças ou um ao outro pela carne, afinal nestas ituações o canibalismo é completamente justificado!
Então viram, um par de orelhas verdes e pontudas os encarando pela janelinha. Estavam salvos! Finalmente! Mas as orelhinhas se foram depois de ameaçarem: Ninguém nunca invadiu a nossa cozinha! Vocês sabem demais e aogora…. serão o jantar! Muha-ha-ha.
Alice então se concentrou, sabia que a única forma deles escaparem era aparatando do lado de fora, mas ela estava com fome e fraca. Segurou na mão de Bory e juntos eles e concentraram, pensar no destino, tentaram relaxar e quando abriram os olhos! Tinham conseguido! Tinham escapado da ameaça dos elfos! Porém a magia não dera tão certo… Bory era tão azarado como Bony e seus cabelos haviam ficado na sala de hortaliças…. O jantar daquele dia não seria tão apetitoso….
Capítulo 9
Março 28, 2010 por redaya
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