Feeds:
Artigos
Comentários

Archive for 28 de Março, 2010

Capítulo 11

Alice estava devaneando enquanto esperava o fim da aula de Herbologiasia e começou a se lembrar da época de caloura.

Uma de suas primeiras aulas tinha sido de Orgânica Cósmica I e sua professora, bem, Alice havia temido e  esperado por esse momento, mas aquela mulher era a mais aterrorizante do mundo! Carbonila Umbridge! O som de sua voz anasalada e seu olhar feríneo fazia qualquer um se arrepiar e isso se devia especialmente ao fato dela ter lecionado por mais de 2 séculos seguidos… As aulas não eram apenas pré-históricas, mas ela usava e insistia em usar as mesmas transparências do seu primeiro dia de aula ( no paleoceno).

Para ela, tudo tinha que estar cristalino, transparente ! E a correção de suas provas era feita nos degraus de sua casa, jogando-as para o ar e dependendo do degrau que caísse seria equivalente a nota da prova, se caísse no degrau 1 tiraria 1, se caísse no 5o seria cinco… porém, contudo, entretanto…. se PAIRASSE no ar, então,e somente então, a pessoa tiraria 10.

A bruxa-mor fazia questão de enfeitiçar a lista de chamada  quando os alunos estavam passando pois assim quando um deles fosse assinar para o coleguinha ausente, lista ficaria fluorescente. O aluno então deveria ir para a lousa automaticamente ( Quem está com a lista???) e responder uma pergunta… tsc tsc tsc….

Se ele respondesse errado, seria condenado a visitar a sala da Umbridge para fazer 500 estruturas canônicas de ressônancia do benzeno e seus derivados.

Alice não se surpreendeu quando Bony foi chamado para ir para a lousa. Ela até chegou a suar frio pelo amigo antes dele responder…. mas obviamente era o Bony e ele errou…

As próximas tardes de sábado e feriados do garoto estariam marcadas… mas a de quem não estava?

Read Full Post »

Capítulo 10

Alice se encontrava na sala comunal estudando Herbologiasia I. Aquela matéria até era inetressante, afinal saber como envenenar alguém ou como causar vômito no meio da floresta talvez fosse necessário… Porém, o fato era que o professor Otach tinha uma grande queda por falar incessantemente, mesmo quando pedia que os alunos resolvessem sua prova maluca de redação (Eu e meu pé de feijão, como eu me sinto sobre as plantinhas felizes do mundo) Ele desenhava autistamente na lousa e falava sozinho, sem esquecer a inquisição sobre a vida dos alunos, vai saber,… ele parecia ter uma compulsão por ser legal e conhecer a todos.
Quando Alice conseguia se manter na sala de aula ou então prestar atenção as coisas até faziam sentido, na verdade ela achou que esta aula deveria ser pré-requisito para Fisioalucinologia, já que na aula prática iriam fazer chás para se desenvolver a “Visão Interior”
O professor era o senhor Mad Hatter, que pedia como requisito comer um bolinho de Haxixe antes da aula, para poder acompanhá-la apropriadamente, já que suas teorias pediam um nível superior de imaginação
A garota anotava “loucamente” a aula e depois de algumas horas, ela fizera uma lista de conclusões:
-A água é bissexual
-Todos nós somos 2
-Os seres humanos são líquidos
– Os canais de sódio são iguais á mordida da maça…. aquela da Eva.
-A histologia escondeu uma organela!
Ela não duvidaria nada se de repente ele começasse a cantar: “Feliz desaniversário!”
E esse era só mais um semestre naquele louco mundo de Hogwarts FCF… nem metade do curso tinha passado!

Read Full Post »

Capítulo 9

Enquanto corria para chegar a tempo para a aula de fisioalucinologia, Alice sentiu seu estômago roncar. Lembrou-se que outra dia ela estava morrendo de fome e seu amigo Bory Ling a levara até a cozinha da escola.
Alice sempre pensara que a cozinha era um território secreto e que estava fora dos limites. Nunca imaginara como as comidas apareciam tão de repente nas grandes mesas das casas e ainda mais, será que ela descobriria a fonte do suco de verde, de amarelo, de vermelho????
Para entrar lá, Bory, irmão asiático de Bony, ajudou-a a roubar uma capa branca descartável que vinha com um bela touquinha transparente. Disfarçados, os dois entraram.
As portas eram aquelas vai-e-vem.De repente a visão deles ficou branca e brilhante! Será que seriam transportados para outra dimensão? Impossível! Não! O fato era que a cozinha era muito branca e continha muito, mas muitos instrumentos prateados! Ela era feita de prata! Imagine o preço! Alice se conteve para não levar algumas das peças para casa. Olharam em volta, queriam achar alguma prova de que a cozinha era porca ou suja, mas era muito difícil! Os talheres, pratos e bandejas estavam sendo lavados com vapores de agua muito muito quente, o que significava que nada sobreviveria àquelas temperaturas.
Viram também uma única coisa que não se encaixava, mas como não faziam ideia do que era, ignoraram.. era uma espécie de alavanca engordurada.
Quiseram fazer contato com os elfos domésticos que trabalhavam limpando e cozinhando, mas eles os ignoraram…. bom, desde que façam direitinho a comida e nos deixem pegar um pouco, não me importo, pensou Alice.
Repararam que as tinas de comida, sim , pois eram panelões imensos de arroz, feijão e coisas parecidas, lembravam caldeirões ferventes. Alice até chegou a ter dó dos elfos, por terem que cozinhar tanto, mas não o suficiente para montar uma ONG para ajudá-los.
Perceberam que a disposição dos panelões ficava posicinada da mesma forma que no lado de fora, onde as pessoas pegavam a comida! Elas eram magicamente respostas! E além disso percebeu uma tina escrita: “comida reserva: peixe duro”. Sabia que eles usavam esta técnica para se vingar de quem vinha comer nos últimos minutos.
Seguiram pelos corredores brancos, e viram o açougue, urgh, tinha um pouco de sangue demais, e Alice teve uma pontada no coração, coitadinhos dos unicórnios que seriam sacrificados,… mas carne de unicórnio era o prato mais esperado das refeições.
Chegaram em uma sala que era cercada por portas de alumínio semelhantes a cofres!
Onde estamos, perguntou Bory. E nisso ele deu um passo para tras e encostou em um dos botões, abrindo uma das portas gigantes. Curiosos eles entraram na sala e perceberam que era um freezer de hortaliças, como se fosse um pomar congelado!
Porém em frações de segundo a porta se fechou atrás deles e ficaram trancados.
Passaram-se minuots e horas, estavam quase atacando as hortaliças ou um ao outro pela carne, afinal nestas ituações o canibalismo é completamente justificado!
Então viram, um par de orelhas verdes e pontudas os encarando pela janelinha. Estavam salvos! Finalmente! Mas as orelhinhas se foram depois de ameaçarem: Ninguém nunca invadiu a nossa cozinha! Vocês sabem demais e aogora…. serão o jantar! Muha-ha-ha.
Alice então se concentrou, sabia que a única forma deles escaparem era aparatando do lado de fora, mas ela estava com fome e fraca. Segurou na mão de Bory e juntos eles e concentraram, pensar no destino, tentaram relaxar e quando abriram os olhos! Tinham conseguido! Tinham escapado da ameaça dos elfos! Porém a magia não dera tão certo… Bory era tão azarado como Bony e seus cabelos haviam ficado na sala de hortaliças…. O jantar daquele dia não seria tão apetitoso….

Read Full Post »

Capítulo 8

Onde estamos? – Pensou Alice desesperada! Olhou para Bony! Ele não sabia responder. Estavam em uma floresta densa e escura com muitas amoreiras em volta. Andavam cautelosamente. Ouviram algo se mexer atrás de um arbusto, Alice se adiantou. Quando ia encostar nas folhas ela viu uma aranha gigante soltando fumaça em formas geométricas diferentes. E filosofando sobre a vida. Alice achou melhor não perturbar e sair daquele lugar estranho. Daqui a pouco estaria usando saias compridas, esqueceria o que é cera e faria dreadlocks.
Continuaram a se embrenhar pelo mato denso. Acabaram saindo em um lugar inacreditável! Lindo! Dourado com corredores imensos e pessoas de terno e maletas correndo para lá e para cá. Muitos conversíveis se materializavam de lareiras estrategicamente posicionadas. Uma placa escrita em ouro dizia que se encontravam no Ministério da Magia. Ohhh aquele era o lugar onde as decisões eram tomadas! Aquelas pessoas eram ou seriam políticos importantes e corruptos que iriam dominar o mundo, ou não.
Atravessando os corredores brilhantes chegaram a um lugar sombrio. Havia uma passagem enevoada uma plaquinha escura na base que dizia: “Para Azkaban”.
– Vocês não deveriam estar aqui, crianças. – Alice sentiu toda a felicidade sendo sugada do seu ser. Bonny caiu no chão e começou a tremer e a chorar. Ela não poderia ajudá-lo, doía demais. Tentou encarar quem falava com ela. Era um homem de macilento, de cabelos escuros e perfeitamente dividido com gel, usava o terno mais preto que ela já vira. Ao seu lado estava uma sombra, parecia um véu voando mas havia um esqueleto, já que segurava uma outra pessoa com olheiras profundas e com os olhos opacos a sua frente. Eles seguiram para o portal. Alice descobriu que aquele era o departamento de Relações Internacionais e que aquele cara era um criminoso que estava sendo conduzido por um aluno do 3º ano(o de terno) e um do 4º (o que era um véu).
Alice e Bony saíram correndo daquele lugar aterrorizante. Só pararam de correr quando chegaram ao campo de quadribol. Passaram a carteirinha mágica para entrar. Na verdade, Alice havia esquecido a dela, então teve que passar pela salinha para se identificar. Correram até o campo e descobriram que lá estava tendo uma festa. Pelo que ouviram dizer, sempre tinha festa ali. Ficaram um pouco. Circularam. Alice quis mito experimentar todos os drinks da festa e acabou desmaiando. O bravo Bony a levou para a Ala Hospitalar que ele conhecia tão bem. Colocou-a em sua vassoura e a levou,… porque esperar o ônibus para chegar no lugar onde todos os médicos se reuniam iria demorar e muito.
Alguns dias depois Alice se recuperou. Teve que tomar uma poção muito estranha e tem quase certeza que foi em uma festa promíscua no porão da Ala Hospitalar, mas talvez fossem só os remédios fortes que ela tomara.
A noite para celebrar sua recuperação foi até o teatro de Hogwarts e também o lugar onde eles faziam e mandavam o correio-coruja, ela achava que o corujal também devia ser por ali, mas não tinha certeza. Ia encontrar uma amiga que lhe devia alguns galeões. Como não encontrou foi até Hogsmeade que era ali ao lado comer uma iguaria chamada tapioca amanteigada. Ah… que maravilha!Mas não! Era só terça feira! E em alguns minutos ela tinha aula! Como podia ter esquecido!

Read Full Post »

Capítulo 7

Alice estava desesperada e foi pedir conselhos para uma veterana da Grifinória em Hogwarts, já que lá eles tinham o costume de serem bem solícitos, especialmente nessa casa.
A grande veterana disse que tinha um livro que poderia ajudar Alice em sua nova matéria de “Fotossíntese aplicada”. Alguns dias depois Alice recebeu o material e foi para a aula. Incrivelmente era uma aula que deveria tomar muito tempo, mas o professor -que parecia estar doente em 90% das aulas- achava interessante tornar uma aula de 3 horas em 1 hora e meia no máximo.
O professor deu sua meia horinha de aula teórica e quando Alice se deu conta Bonny e Alana estavam dormindo em coma ao seu lado, seria menos chato se eles não estivessem na primeira fileira, mas tudo bem, sem problemas. Formaram-se os Grupos de Resolução de Exercícios, afinal ninguém realmente discutia, apenas separavam as questões em grupos menores.
Alice e Bonny leram a 1ª questão, Alice simplesmente folheou o livro e achou a resposta grifada com marcador e caneta de glitter! Leu a 2ª questão, mais uma folheada e novamente o ciclo pedido estava pintado com canetas coloridas e com um post-it para chamar atenção! Era fantástico! Seu livro sabia todas as respostas! Incrível! Passaram a limpo as respostas (a maioria do livro mágico da Alice) e entregaram.
Nas próximas aulas o grupo de Alice nem se preocupava em comparecer, afinal o livro mágico sabia tudo. Alice ficou triste e se sentiu um pouco sozinha. Além disso, sabia que Bonny estava com ciúme por ela ter se tornado mais “inteligente”do que ele da noite para o dia, mas ele evitava demonstrar, afinal, era o grupo que estava indo bem no exercícios, não só ela.
E foi na semana da prova que Alice estava folheando o livro lendo os super feitiços rabiscados nas bordas, que ela encontrou a prova! Lá estava ela! Com algumas respostas também! Era inacreditável! Não podia ser verdade, deveria ser a do ano passado… De qualquer forma iria resolver as questões para estudar melhor.
Batata! A prova era a mesma! Idêntica!Resultado: Alice e a sala toda saíram felizes e realizados, já que ela tivera a bondade de compartilhar com eles antes da prova. Alice se sentiu bem, o livro a ajudara estudar melhor de uma certa forma e tornar as questões injustas e loucas da prova mais executáveis… mas seria essa a melhor forma de se formar?

Read Full Post »

Capítulo 6

Passadas algumas semanas as provas mensais começavam. Estudar era o esperado. Alice não tinha ficado para trás, estudara bastante todas as matérias, aliás ela estava aprendendo que precisava ser auto-didata algumas vezes (sempre). Em um momento crítico de sua semana ela se encontrou na mesa da biblioteca com três livros diferentes de Feitiços abertos em uma mesa e várias ressonâncias de moléculas rabiscadas em papéis soltos. Nada aquilo parecia fazer algum sentido.
Aquela noite ela iria fazer prova de Transfiguração I. Basicamente coisas chatas e contas chatas e impossíveis de se entender, então decoradas e devidamente copiadas em tamanhos menores e guardadas no estojo. Ela se sentou em seu lugar de sempre na sala. Os alunos haviam tomado o cuidado de pular uma cadeira do lado do colega para se sentar. Afinal, era uma prova…
Alice continuava não conversando muito com os colegas de sala, ela preferia mais observá-los. Recebeu a prova, olhou o primeiro exercício. Conta difícil, próximo. O segundo. Não lembro, próximo. O terceiro, Ok talvez eu lembre se rabiscar um pouco. Quarto? Ai droga. Enquanto ela quebrava a cabeça e tentava de todas as formas não deixar o professor ver que estava “consultando”suas anotações, ela notou duas colegas próximas cochichando audivelmente. E surpreendentemente elas trocaram a prova. Assim, em um milésimo de segundo. Alice esqueceu-se até de respirar vendo aquela cena.
Alguns minutos depois, elas destrocaram. E depois trocaram de novo! Que absurdo! E o professor não dizia nada! Bom digamos que o professor era uma espécie de máquina. Alice tinha descoberto no começo do semestre que Cristopher Reeve não tinha realmente morrido alguns anos atrás! Ele tinha virado professor de Hogwarts! O pior é que parecia que ele só possuía as roupas do tempo que tinha interpretado o Clark Kent, o Super-homem, pois 90% do seu figurino era xadrez e de flanela! Incrível.
E assim com toda a pose de galã que era possível que ele tivesse ele simplesmente disse: “meninas, não é permitido trocar a prova. Entreguem agora.” Elas o ignoraram e continuaram escrevendo freneticamente. Ele pediu novamente. Elas aceleraram. Até que ele disse: “Mocinhas, me entreguem agora ou eu darei zero….. ( alguns segundos se passaram) na prova de vocês….”. Elas não tiveram escolhas, levantaram entregaram e saíram da sala. Quem medo!
Alice ficou olhando a cena e acabou se esquecendo da própria prova. Nunca teria coragem de fazer algo assim. Olhou para suas colas e pensou: “Ufa, anda bem que a visão de raio-x dele não funciona!”. Além disso, ela odiava o fato do professor para as frases pela metade. Porque não conseguia terminar uma idéia, uma frase de uma vez. Ela iria responder a prova assim, pela metade e justificar que era tudo que tinha entendido. Não, não, ele já estava irritado o suficiente. Vai que ele sabia ler mentes também, né.
Os minutos se passavam. As contas pareciam mais erradas. Olhou para os resultados do garoto do lado e os resultados estavam todos diferentes. Olhou para o outro lado, mesma coisa. Mas a resolução era a mesma! Sua calculadora estava errando a conta! Não é possível! Pediu a calculadora do vizinho emprestada e bada-bing o resultado deu. Até a calculadora me odeia, Alice pensou…
Acabou descaradamente copiando a questão inteira do vizinho da direita. Número por número. Estou me tornando uma criminosa em série! Ai se minha mãe me visse agora!
Saiu da prova arrasada. O que ela iria fazer? Será que dava para passar? Prestar atenção nas aulas dele era praticamente impossível, ela passava mais da metade da aula copiando as anotações de algum vizinho que entendia o que estava na lousa! Estava na hora de fazer amigos, talvez até encontrasse aluem para trocar de prova com ela…

Read Full Post »

Capítulo 5

Quinta Feira e Alice desceu para as masmorras. Ela havia se sentido meio perdida nas aulas de Poções Experimentais e resolveu atender essa aula.
Chegou na sala, na verdade não era bem uma sala, mais parecia uma masmorra. As mesas eram muito antigas e manchadas de substâncias aparentemente corrosivas, dados os buracos e falhas em sua superfície. Os tampos eram pretos e as vidrarias escurecidas e opacas pareciam ter séculos de vida. Os vidros das janelas eram manchados devido ao tempo e aos vapores não identificados da sala. Cada aluno possuía um armarinho embaixo da bancada que estavam com as vidrarias cheias de fezes de cupim e alguns alunos possuíam armários premiados com aranhas e outros animais.
Alice verificou a lista anexada à parede e viu que o seu armário era o 29. Surpresa! Ela tinha uma aranha! Verificou a vidraria. Estava tudo lá, pelo menos. Pegou sua apostila de folhas brancas recém- impressas e começou a ler. Iria ser como seguir uma receita de bolo. Nenhum professor ou monitor a vista. 1º teste: teste de chama para verificar a presença de alguns elementos! Ligar a fogueirinha mágica. Entretanto, ela estava meio distraída e não prestou atenção que não estava abrindo o caninho do gás que não estava ligado à fogueirinha. Pegou a varinha e pronunciou “Incendiar!”.
– Ah não!! Eu não quis dizer literalmente incêndio. – Alice travou ficou encarando a bola de fogo que havia se formado na sua frente. Simplesmente não tinha reação. Seus músculos travaram. Seus olhos saíram de foco. A vizinha quis apagar o fogo com o conta gotas mas obviamente não foi suficiente. Alguém da bancada da frente fez um feitiço e o fogo se extinguiu. Só conseguiu ouvir:
– Vanny, qual seu problema? Você é bruxa! E, francamente, um conta-gotas?
– Ah,… eu me esqueci…
Depois de algum tempo, Alice voltou a si e viu que nada havia acontecido. Sua bancada só estava um pouco mais queimada. Próximo experimento: adicionar ácido sulfúrico dos trouxas à uma mistura. Simples. Deve mudar de cor para rosa maravilha. Que frescura,…
Colocou a solução desconhecida no tubinho de ensaio e foi adicionar, tomando um cuidado imenso, o ácido. Três gotas, dizia. Adicionou uma, nada, duas, nada, três, nada. Agitou cautelosamente. Nada. Mais uma gota. Nada. Mais uma. NADA! Um jato! Nada! Dois! FINALMENTE! Um rosa bem claro e tímido. Alice virou um pouco do vidrinho no tubo. Um rosa na tonalidade esperada apareceu. Receita idiota.
Agora formar um anel marrom perto do fundo. Isso para provar que existe um elemento na substância, e assim provar que ela é um veneno perigoso. Ok, adicionar a solução padrão X. Novamente, cautelosamente. Certo, adicionar um monte de uma vez com o conta gotas mais fino. E não é que o anel apareceu! Yay! Perfeito! Ela ficou muito orgulhosa! Foi mostrar para os colegas. Aparentemente NINGUÉM tinha conseguido Ela explicou que deveria adicionar um pouco a mais do que estava escrito. Não quiseram dar ouvidos. Até que ela pegou um tubinho de uma colega e fez para ela. Deu certo novamente.
Alice concluiu que seguir tudo certinho não era o caminho da luz. Estava pegando o jeito. Em outro experimento ela deveria produzir um gás perigoso e muito fedido. Deveria ser feito na capela. A capela estava cheia. Permaneceu onde estava e realizou ali mesmo o experimento. Tudo bem que ela formou ma névoa em volta de si. Parecia ter criado uma nuvem nova. Podia jurar que tinha escutado um trovão. Adicionar algumas gotas de ácido. Agora eu já sei! Colocou um jatinho de conta-gotas,. A substância nebulosa que saía do tubo começou a borbulhar louca e descontroladamente. Alice ficou desesperada e o líquido acabou caindo em suas vestes formando grandes buracos.
Ótimo, tudo que eu precisava. Seus olhos começaram a lacrimejar e sem querer ela deixou cair o vidrinho no chão. Ah não! Levei horas nisso! Não posso perder! Já é quinze para meia noite e a masmorra vai fechar! Ela não hesitou, se jogou no chão ao lado da substância e jogou a solução y. Se formasse precipitado branco o teste era positivo. BANG! Formou! Posso ir embora.
Antes disso, lavar e preencher o reagentário. ( Aliás reagentário é um nome MUITO medieval!). As pias tinham filas para serem usadas e era visível várias pessoas deixando tubinhos cair no fundo destas. O detalhe é que as pias eram originais da Santa Inquisição. De pedra e extremamente profundas. Quantas bruxas não haviam sido torturadas ali? Pobres irmãs. Quando finalmente chegou sua vez, Alice ouviu o professor anunciando que já passava da meia noite e meia e que ele estava fechando e todos tinham que sair. Amanhã ela continuaria, amanhã seria um novo dia. Isso se a adrenalina a deixasse dormir. Poções pode ser muito estressante. Essa foi a lição de seu dia.

Read Full Post »

Capítulo 4

A sala de adivinhação estava sempre mudando de local. Alice achou estranho, mas não havia nada que ela pudesse fazer. Ouviu uns colegas de sua sala falando que seria na torre mais alta, era para onde ela estava indo inicialmente, minutos mais tarde, umas meninas da sala estavam voltando, descendo as escadas, e disseram que o professor havia mudado a aula para a sala do lado do salão principal, e lá foi ela.
Quando entrou na sala, notou que toda a mobília era coberta por um veludo fúcsia, as lâmpadas eram cobertas pro tecidos escuros dando um tom etéreo à sala. Ela sentiu-se envolvida e sentiu que uma aura mística estava no ar! Que legal e excitante! Sentou-se em uma das mesas redondas, afinal os puffs pareciam desconfortáveis para estudar.
Uma sombra de repente se mexeu em um canto escuro, e o que todos imaginavam ser uma estátua antiga era na verdade ninguém menos que o professor! Ele era uma figura extremamente cômica, usava um turbante roxo brilhante, tinha uma cara redonda e parecia estar sempre sentindo uma dor excruciante. Sua voz era lânguida e ele não completava as sentenças, confundindo os alunos.
Ele entregou uma apostila com vários riscos e pediu que abríssemos nossos livros nas tabelas da página 34. Informou que teríamos que interpretar aqueles riscos que mais pareciam eletrocardiogramas. Ele está completamente louco, Alice pensou! Mas tudo bem, vamos lá.
Com o passar dos minutos a incredibilidade de Alice de aquilo poderia dar certo foi se tornando mais fraca e ela começou a se divertir. No primeiro gráfico de riscos ela, que outra palavra melhor para usar se não “ sentia” a presença de uma Carbonila, foi conferir na tabela, e realmente era! No outro, esse era mais difícil, ela se lembrou de já ter visto aquela “ banda” , era um O-H, e com o passar do tempo, chegando no 140º exercício, ela realmente ficava feliz ao resolver um exercício. As informações eram incrivelmente dúbias e um mesmo risco poderia ter 3 ou 4 significados diferentes quando combinados com outros riscos. Era fantástico e emocionante. O professor era completamente inútil!
Quando se divertia particularmente com um exercício intrigante que aparentava emitir uma vibração, mas logo sofria a interferência de uma ligação vizinha, Alice sentiu a presença de alguém, ela levantou os olhos lentamente e se deparou com o professor encarando-a. Ela sorriu encabulada e perguntou se podia ajudá-lo. Esta foi a deixa para o homem puxar uma cadeira, sentar-se ao seu lado e começar a lhe contar que a chefe dele havia lhe chamado atenção, disse que ele era uma fraude e que não conseguia fazer uma previsão do futuro! Que ele só havia sido contratado por falta de melhor concorrente. Ele estava devastado.
Alice olhou no relógio e viu que estava atrasada para a próxima aula.Mas o professor começou a chorar, soluçar e implorou que ela ficasse lá ouvindo seus problemas… Ela se perguntou se realmente deveria, ficou com dó, educadamente disse ao professor que em outra hora voltaria, mas que agora tinha que ir. Ele levantou, encarou novamente, com uma intensidade e disse que ela o estava traindo, que não era boa aluna e que ele se perguntava porque não deveria trapacear na nota final dela, afinal uma mão lava a outra.
A garota se levantou e saiu ultrajada da sala. Não precisava disse e ele nem era tão bom professor,… só porque prometera dar pontos na média para quem precisasse. Hum, adivinhação era muito interessante, mas o professor era intragável, resolveu que aquela seria a última vez que entraria naquela sala. Afinal essa ciência era incerta demais para o gosto dela. Próxima aula: Poções Básicas.

Read Full Post »

Capítulo Pi

A próxima aula não seria to ruim… Era História da Faculdade.
Alice estava preparada,feliz e contente com seu “FCF, uma história”, foi para aula achando que seria fantástico ter uma experiência humanística que ensinaria os objetivos, sonhos e como foi a luta dos fundadores!
Ela se sentou na primeira fileira e aguardou,… aguardou,…, aguardou… e meia hora depois o professor entrou. Sua expressão era tão cansada e tediosa, seus cabelos brancos e sua voz melodiosa que lembrava fortemente uma canção de ninar, se ele fosse um fantasma ninguém notaria a diferença, até que ele atravessou a mesa. Bem, então era certeza, ele era um fantasma.
Seu discurso monótono começou e ele simplesmente continuou por 2 horas, ou 1 hora e meia que seja, no mesmo tom, sobre o mesmo assunto, leis, leis e leis. Parecera que se passaram dias e ele não terminava, até que a mesa pareceu tão incrivelmente convidativa que Alice não agüentou e desmaiou.
Acordou quando um colega a cutucou avisando da lista de presença. Ela olhou para a folha de papel, seus olhos se demoraram a focar. Era uma folha de caderno visivelmente arrancada com um garrancho escrito em cima. Quando a começar assinar, o colega do outro lado também lhe passou a lista. Então eram duas? Como assim? Qual era a oficial?
Enfim ela assinou as duas, não ia correr o risco. Algum tempo depois o professor finalmente deve ter se cansado de falar para as paredes, porque até as moscas deviam ter ido embora ou dormido e as pobres paredes não podiam se dar a esse luxo. Ele pegou a lista, e disse bem baixo, como o resto do discurso: “Nossa duas listas fantasmas, eu ainda nem passei a minha, mas muito bem vou ficar com estas … estão dispensados,… e ah… semana que vem não precisam vir não porque eu estou planejando ficar doente, então não virei. Até depois do feriado então turma!”
Alice ficou assustada, não acreditava que aquilo pudesse ter sido real! Enfim, a tortura tinha acabado. Ela tinha que se preparar para a próxima aula, afinal ela esperava ansiosamente por Adivinhação e sempre tivera uma queda pelo desconhecido, sentiu até um calafrio lhe subindo as costas! Isso iria ser bom!
No caminho para a torre mais alta do castelo, ela viu alguns quadros de coelhos e pessoas estranhas, obviamente os quadros falavam! Um deles tinha um homem estranho com uma carta no chapéu que lhe chamou atenção cantando uma música de extremo mal-gosto começando com “a Hog é um show!…”
Ela lhe perguntou o que teria que fazer para que ele se calasse e ele disse que só queria contar uma fofoca. Fácil, desembucha! Ele disse que Bonny havia ficado bem e que no caminho para o dormitório ele tinha tropeçado e caído das escadas, mas que tudo iria ficar bem.Ele estava na sala do centro de vivências comunal esperando-a para fazer o relatório daquela temida aula.
Alice imaginou a insanidade naquilo tudo. Por que um quadro louco se sentiria feliz em contar uma fofoca/ recado? E para que precisaria da chantagem? Ela nunca entenderia, agradeceu o ser estranho que se pôs a cantar o terrível hino e subiu as escadas. Ela nem poderia imaginar que toda a estranheza só estava começando.

Read Full Post »

Capítulo 3

Chegando à masmorra, Alice fez questão de sentar na fileira da frente. Minutos depois o professor de cabelos brancos, barba malfeita e pelos pulando da gola, vestido com uma capa comprida preta que faziam lembrar um morcegão, chegou. Ele encarou a sala,fitando cada olhar com um sorriso maldoso suas primeiras palavras foram :
– Quem estudou o procedimento? Prepararam o fluxograma?Você! Vá para a lousa.
Ele apontou para um menino pequeno com cara de assustado, mas que se levantou e foi até a lousa branca imediatamente.O professor rosnou e disse :
-Quem sabe qual é a reação? Quais os reagentes em excesso? Ahn? Ahn????? Como assim vocês não pesquisaram? Vão fazer isso agora!
Pelo que pareceram horas, o professor aterrorizou os alunos, fazendo-os citar o procedimento em LATIM! Depois foi a vez de irem fazer a aula prática. Alice acabou encontrando uma dupla, seu nome era Bonny e era o garotinho que tinha sido aterrorizado pelo professor na lousa. Bonny parecia ser um menino bonzinho e meticuloso, tremia mais do que o normal, mas era inteligente. Enquanto preparavam a poção do dia repararam no morcegão passando de capela em capela verificando o que os alunos faziam.Pararam imediatamente de conversar quando ele estava próximo e não ousaram respirar. O professor chegou perto analisou a poção e encarou Alice:
-De que cor está isso?
-Rosa, professor.
-De que cor deveria estar?
-Rosa?
-ERRADO! Deveria ser maravilha! Menos 50 pontos para a Grifinória.Você tomaria essa poção,senhorita?
-Não ,professor.
-Mas você deveria confiar no se experimento, ou a senhorita não se preparou o suficiente? Não estou o procedimento e toda a literatura existente no mundo? Não decorou o Vogel AINDA???
-Sim ,professor, me desculpe, mas não me lembro,… inaceitável.-Virou para o garoto e mandou- Beba!
O menino bebeu com medo e segundos depois começou a ficar com o tom de pele rosado e pintinhas vermelhas começaram a nascer. A sala começou a rir e ele fugiu para o Hospital Unificado do lugar.

Read Full Post »

Older Posts »